Neste capítulo, Papert refere um aspecto que eu achei particularmente interessante, os princípios orientadores que ele seguiu para a escolha dos projectos apresentados. Para tal, é importante referir que não existe nenhum tema/assunto que não possa ser aplicado à tecnologia.
O primeiro princípio que devemos seguir num projecto é o da ampliação, "as melhores coisas que podemos fazer são as que abrem portas para outras". Os melhores projectos são aqueles que têm objectivos mas não um objectivo final, pois chegar a uma meta é sinónimo de que se terminou e o importante é dar continuidade, seguir outros projectos através deste.
O autor designou o princípio como "o que é bom para uns, é bom para outros". O que eu faço com o meu computador pode dar ideias aos meus colegas e vice-versa. No entanto, a meu ver isto também pode ser prejudicial, nomeadamente nas crianças, caso copiem hábitos menos bons uns dos outros (como por exemplo, os jogos de computador).
O terceiro princípio tem a ver com os projectos familiares e para mim faz todo o sentido. Na utilização do computador em família tem que haver uma cultura das crianças, ou seja, para que funcione a aprendizagem em família é necessário que a criança sinta que está a fazer coisas que as outras crianças também fazem, por exemplo a Internet e os jogos (sempre com limites).
Por outro lado, é interessante a ideia do autor de que, por vezes, a Internet é um "desperdício de tempo". Esta sensação também acontece comigo, de vez em quando. Vou procurar algo na Internet, acabo por encontrar outra e distraio-me. Assim o tempo passa e quando dou por mim já é tarde e não fiz nada do que devia ter feito!
Penso que é necessário ter uma grande disciplina neste aspecto, tanto para crianças e jovens, como para adultos.